O parto

Desde o dia que descobri que estava grávida, que falei que se desse, gostaria de ter um parto normal. Durante os nove meses, pensei forte nisso, apesar de no fundo no fundo, temer as dores, pois eu sou daquelas que não faz depilação a cera nas axilas porque dói muito.

Terça, dia 2, passei a tarde sentada na frente do computador trabalhando. Recebi várias ligações e chamados no messenger, e respodi a todos que a ultra feita de manhã tinha dado que Joana estava bem, o líquido normal, e que íamos esperar mais. Falei por volta das 18 horas com Dra. Glaúcia, e combinamos de eu ligar caso Joana desse sinal, caso contrário, segunda eu iria ao consultório resolver o que fazer.

Às 19 horas, chamei Chris para ir tomar sorvete, resolvi antes ligar para a loja. Quando falei com Carol, ela perguntou que voz era aquela, respondi que tinha acabado de sentir uma dorzinha, mas que era dor de barriga.

Fui para a sala e disse a Chris que estava com dor. Um minuto depois falei que tinha passado. Poucos minutos depois disse que tinha voltado. Passou. Tá doendo. Passou. Tá doendo. Passou. Até que ele falou: "Ju, isso é contração". Resolvemos marcar o tempo. Estava durando 45 segundos com intervalos de 10 minutos. Esperamos mais e medimos de novo: durando 50 segundos com intervalos de 5 minutos. Ligamos para Dra. Glaucia e ela disse para nos encontrarmos em 1 hora no Santa Joana.

Fomos arrumar as coisas, e quando fui tomar banho, já tava forte demais. Doendo mesmo. Quando entrei no carro, já estava beirando o insuportável. Chegando no Santa Joana, nada de internação, burocracia, fugi de tudo, fomos direto para o sexto andar, tentar achar Dra. Glaucia. Quando 10 minutos depois ela chegou no quarto onde me colocaram eu já estava histérica, tinha vomitado em Chris, e com 3 cm de dilatação. Foi aí que ela ligou para a equipe. E eu só berrando, querendo uma anestesista. Meia hora depois, eu já estava com 7 cm (esses 4 cm geralmente demoram 4 horas para chegar, por isso que as dores eram tãoooooo fortes, dilatou muito rápido). E finalmente, fomos para a sala de parto, a bolsa rompeu, chegou a anestesista, e o líquido milagroso passou *todas* as dores como um passe de mágica (por que meu marido não fez anestesia? virei fã dessa especialidade). Aí esperamos a dilatação total, conversando, rindo, descontração total, depois foi só fazer força e Joana vir ao mundo, tornar nossa vida muito mais FELIZ!